
Apenas Caroebe, Normandia e Uiramutã apresentaram risco médio. Foto: Reprodução
Última modificação em 27 de maio de 2025 às 16:58
O primeiro Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti (LIRAa) realizado em 2025 revelou um dado alarmante: 80% dos municípios de Roraima estão classificados como de alto risco para uma epidemia de dengue. Apenas Caroebe, Normandia e Uiramutã apresentaram risco médio.
A pesquisa foi realizada entre os dias 5 e 9 de maio, com o objetivo de identificar a presença de larvas do mosquito transmissor da dengue em domicílios e arredores. As informações ajudam as autoridades a direcionar com mais precisão as ações de combate ao vetor.
“O objetivo do LIRAa é identificar os locais com maior presença de larvas do mosquito Aedes aegypti, permitindo que as autoridades de saúde direcionem as ações de controle de forma mais eficaz”, explicou a gerente do Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue (NCFAD), Rosangela Santos.
Entre os principais focos encontrados, o lixo acumulado – como garrafas plásticas e recipientes diversos – foi identificado como o criadouro predominante em 73% dos municípios. Também foram encontrados focos em pneus abandonados, bebedouros de animais e vasos de plantas.
“Esses depósitos são chamados de passíveis de remoção, ou seja, podem ser eliminados com ações simples da população e dos serviços municipais. Diante do resultado, o Estado orientou que sejam priorizadas ações como mutirões de limpeza, visitas domiciliares, mobilização social e educação em saúde para eliminação de criadouros”, reforçou Rosangela.

Casos aumentam 41% em 2025
Entre 1º de janeiro e 26 de maio de 2025, Roraima notificou 1.069 casos suspeitos de dengue, dos quais 251 foram classificados como prováveis. O número representa um aumento de 41% em relação ao mesmo período do ano passado.
“Temos um risco de ocorrência de uma epidemia, considerando o resultado do LIRAa e também a circulação dos quatro sorotipos da dengue no estado. Esse cenário exige resposta rápida e ações coordenadas”, alertou Rosangela.
Diante do quadro, o Núcleo de Controle da Febre Amarela e Dengue enviou orientações às secretarias municipais de Saúde para reforço das ações de combate. As recomendações incluem mutirões de limpeza imediatos, intensificação das campanhas educativas e ampliação da atuação dos agentes de endemias, especialmente nas áreas mais afetadas.
Com informações da Assessoria
Por: M3 Comunicação