
Muryanne Gianluppi e seu filho Miguel. Foto: Arquivo Pessoal
Última modificação em 11 de maio de 2025 às 09:08
Neste Dia das Mães, a história de Muryanne Gianluppi representa a de tantas outras mulheres que vivem a maternidade de forma diferente, cheia de desafios, aprendizados e muito amor.
Sua história é cheia de momentos difíceis, de coragem para enfrentar os desafios e, principalmente, de um amor tão grande que virou força para seguir em frente e ajudar outras pessoas.
Mãe de um menino autista, ela aprendeu a lidar com um mundo novo desde o momento em que recebeu o diagnóstico do filho.
“Quando a gente recebe o diagnóstico, é muito difícil. A gente passa por várias fases”, conta Muryanne.
Segundo Muryanne, o processo até aceitar o diagnóstico do filho passa por várias etapas. “Primeiro vem a negação, a gente não quer aceitar”, conta.
Com o tempo, ela explica que foi começando a entender e a buscar informações sobre o autismo. “Até que chega o momento em que você para e pensa: ‘O que eu posso fazer a partir disso?’”, completa.
Ela fala com carinho, mas também com sinceridade sobre como os sonhos mudam.
“Quando a gente tem um filho, imagina mil coisas: ele estudando fora, falando outras línguas, conquistando o mundo. Com o diagnóstico, a gente começa a pensar de forma mais realista. Não é que deixamos de sonhar, mas passamos a sonhar diferente”, explica.

A rotina intensa e os novos sonhos de uma mãe atípica
Hoje, o maior desejo dela é que o filho consiga ser independente. “Se ele conseguir morar sozinho, cuidar da casa, fazer suas escolhas. Isso já é uma grande conquista. A gente acredita muito que lugar de autista é onde ele quiser estar.”
Ela desta que a rotina de uma mãe atípica é intensa, a casa vira quase um centro de terapias, com atividades o tempo todo voltadas para o desenvolvimento da criança. Muitas mães, como Muryanne, deixam seus trabalhos para se dedicar totalmente aos filhos.
“É um novo jeito de viver. Muitas vezes a gente deixa nossos planos de lado, mas aos poucos vamos nos reinventando.”

Quando a dor vira missão: apoiar para seguir em frente
Mas o que poderia ter sido um motivo de retração se tornou o ponto de partida de sua missão: garantir que outras famílias não enfrentassem sozinhas os mesmos obstáculos.
Hoje, Muryanne também ajuda outras mães, mostrando que é possível seguir em frente com força e união. Neste Dia das Mães, ela deixa uma mensagem cheia de carinho.
“Quero que todas as mães, especialmente as atípicas, se sintam abraçadas. A caminhada não é fácil, mas quando a gente se une, tudo fica mais leve. Com fé, apoio e muita coragem, a gente consegue vencer um dia de cada vez.”

Por: M3 Realidades