
O recurso será repassado para a mesma conta em que já é depositado o benefício previdenciário, não por meio de PIX ou saque em banco. Foto: Agência Brasil
Última modificação em 6 de maio de 2025 às 11:00
Com o avanço das investigações e cada vez mais vítimas descobrindo descontos indevidos, muitos se questionam sobre o ressarcimento dos valores desviados. O presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Gilberto Waller Júnior, afirmou nesta terça-feira (6) que os valores descontados serão depositados via benefício.
Ainda de acordo com Waller, os aposentados e pensionistas devem receber o recurso pela mesma conta onde é depositado o benefício previdenciário. “Será feito via benefício, via conta do benefício. Nada de PIX, nada de depósito em conta e nada de sacar em banco”, afirmou em entrevista à CBN.
Os valores de ressarcimento serão pagos junto com o benefício em uma folha suplementar — uma folha de pagamento extra, usada quando há necessidade de incluir valores que ficaram de fora da folha principal.
Em alguns casos, criminosos entram em contato com aposentados por telefone ou WhatsApp, fingindo ser funcionários do INSS. Eles usam os dados das vítimas para oferecer falsamente a devolução de valores descontados de forma indevida.
“Da mesma conta que ele recebe, o seu benefício previdenciário vai ser depositado. Por isso eu peço, é para todos: não caia em outros golpes, não assine nada, não abra link, não acredite em ninguém que esteja vendendo facilidade”, explicou.
O alerta do presidente vem no momento em que criminosos estão se aproveitando do caso para tentar tirar dinheiro das vítimas.
Plano de ressarcimento
Nesta segunda-feira, o novo presidente do INSS informou que o plano de ressarcimento está em fase final e deve ser concluído até a próxima semana.
Waller acrescentou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou agilidade no pagamento, mas reforçou que os repasses ainda não começaram.
Segundo as investigações sobre a fraude no INSS, entidades sindicais ofereciam serviços a aposentados, mas cadastravam pessoas sem autorização e faziam descontos mensais nos benefícios pagos pelo instituto.
A estimativa é que cerca de 4,1 milhões de beneficiários tenham sido afetados, com um prejuízo total de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024.
Fonte: CBN
Por: M3 Comunicação