
De forma geral, mulheres continuam ganhando 20% menos que os homens no Brasil. Foto: Reprodução/Internet
Última modificação em 11 de abril de 2025 às 10:07
A diferença salarial entre homens e mulheres em Roraima é de R$ 491, segundo dados do 3º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios divulgados pelo Governo Federal. A maior desigualdade entre as remunerações está no Amazonas, com uma diferença de aproximadamente R$ 750 entre salários.
Na região Norte, a média da desigualdade salarial entre homens e mulheres é de aproximadamente R$ 520. Já em Roraima a desigualdade salarial apresentou um recuo de 0,21% desde o último levantamento, realizado no fim do ano passado.
A pesquisa considerou informações de 91 estabelecimentos no estado e ainda constatou que em Roraima, a média salarial das mulheres é de R$ 2.167,97, enquanto a dos homens é de R$ 2.658,86.
No primeiro colocado no ranking da desigualdade salarial, o Amazonas, os homens recebem em média R$ 3.622,55 enquanto a faixa salarial das mulheres é de R$ 2.872,07. No estado vizinho a pesquisa considerou 819 estabelecimentos.
O estado que possui a menor desigualdade salarial na região norte é o Acre, com uma diferença aproximada de R$ 242. Nesse estado os homens recebem em média R$ 2.456,24 e as mulheres recebem, em média, um salário de 2.214,05.
Desigualdade salarial por cor
A pesquisa também destaca desigualdades raciais. No Brasil, as mulheres negras recebem, em média, R$ 2.864,39, o valor é 38% inferior ao das mulheres não negras, cuja média é de R$ 4.661,06. Em Roraima, a diferença é menor: mulheres negras têm rendimento médio de R$ 2.104,27, enquanto mulheres não negras recebem R$ 2.355,78 – uma diferença de 10,7%.
Sobre os números, o secretário executivo do Ministério do Trabalho e Emprego, Francisco Macena, destacou que: “A desigualdade salarial é um processo contínuo de transformação, para que possamos romper com os preconceitos e avançar. É fundamental que as informações fornecidas pelas empresas promovam a implementação de políticas públicas para combater a desigualdade no mundo do trabalho”.
Já a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou que muitas mulheres ingressam no mercado de trabalho por necessidade, pois são responsáveis pelo sustento de suas famílias, e a maioria delas é chefe de família. “Essas mulheres sustentam seus lares, e as mulheres negras ganham 50% a menos que os homens. Isso é uma questão de raça e de gênero. Não dá para aceitar que mulheres recebam menos do que os homens exercendo a mesma função”, afirmou a ministra.
A publicação do relatório integra a política de fiscalização da Lei nº 14.611/2023, que exige igualdade salarial entre homens e mulheres em empresas com mais de 100 funcionários. Além dos dados, o Governo Federal lançou o Guia para Negociação Coletiva da Lei de Igualdade Salarial e o Movimento pela Igualdade no Trabalho, que convida empresas e entidades a aderirem à luta por um mercado mais justo.
Fonte: Governo Federal
Por: M3 Comunicação