
Construção do Linhão de Tucuruí vai ligar Manaus a Boa Vista e inserir Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN) — Foto: Divulgação
Última modificação em 11 de abril de 2025 às 10:06
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve participar da cerimônia de inauguração do Linhão de Tucuruí, prevista para o mês de dezembro. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (10) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante o Fórum Brasileiro de Líderes em Energia Elétrica 2025, realizado no Rio de Janeiro.
“Nesse ano, o presidente Lula vai voltar para poder inaugurar uma das mais importantes e emblemáticas obras do Brasil. Foi uma alegria muito grande estar em Roraima, um Estado que cresce fortemente”, disse o ministro.
Durante sua fala, Alexandre Silveira relembrou a cerimônia realizada em agosto de 2023, em Parintins (AM), quando, ao lado do presidente Lula, autorizou o início das obras do projeto.
“Há um ano e meio, destravamos uma obra que, desde 2011, estava sem poder andar por falta de licenciamento. [Uma obra] que faz do Brasil o primeiro País do mundo, com as dimensões continental e territorial que tem, 100% interligado”, afirmou.

Linhão vai substituir energia térmica por fonte limpa e renovável
O Linhão de Tucuruí representa um marco para a integração energética de Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A obra substituirá o atual modelo de abastecimento, baseado em usinas termelétricas movidas a óleo diesel, gás natural e biomassa, além de uma pequena central hidrelétrica, por uma matriz mais confiável, limpa e renovável.
De acordo com o governo federal, os estudos de planejamento da operação estão sendo atualizados conforme o avanço das obras, considerando o balanço entre oferta e demanda. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) estima que a entrada em operação do Linhão poderá gerar uma economia anual de aproximadamente R$ 200 milhões com a redução do uso das termelétricas locais.
Com 715 quilômetros de extensão, a linha de transmissão atravessa os estados de Roraima e Amazonas, sendo 425 km em território roraimense e 290 km no Amazonas. A estrutura está sendo implantada ao longo da BR-174, rodovia que conecta Boa Vista a Manaus. Um trecho de 122 km passa pela Terra Indígena Waimiri-Atroari, localizada entre os dois estados.
Por: M3 Comunicação