
LADA é um espaço voltado ao desenvolvimento de soluções digitais para o setor agrícola. Foto: M3 Comunicação
Última modificação em 2 de abril de 2025 às 11:47
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) inaugurou, nesta quarta-feira, 2, em Boa Vista (RR), o primeiro Laboratório de Agricultura Digital da Amazônia (LADA), um espaço dedicado à inovação tecnológica no setor agropecuário.
Esse novo centro de pesquisa e desenvolvimento tem como objetivo integrar as mais recentes soluções digitais às práticas agrícolas, ajudando a transformar a realidade dos produtores locais, especialmente os pequenos e médios, em uma região que enfrenta desafios específicos relacionados ao clima e à geografia.
“Laboratórios como esse na agricultura digital aqui na Amazônia são um marco histórico para inovação, mas para a Amazônia também, por quê? Você traz uma Amazônia digital, mas nós estamos trazendo também as novas tecnologias para ajudar a gente a enfrentar esses desafios” disse a presidente da Embrapa, Sílvia Massruhá,
A presidente da Embrapa destaca que o Laboratório de Agricultura Digital busca integrar tecnologias de ponta, como inteligência artificial, blockchain e sistemas de gestão simplificados, ao cotidiano dos pequenos e médios produtores rurais.
“A Embrapa hoje, ela tem um projeto que chama Semear Digital, que é um projeto que tem 10 pilotos no Brasil todo. Esse projeto é para trabalhar com a associação de produtores, com cooperativas. Esses pilotos, que é o distrito agrotecnológico, onde você levanta as necessidades, gargalos de internet, que acabam sendo de conectividade e uma fonte impulsionadora para tecnologia e de capacitação”, disse.
A ideia é oferecer acesso a ferramentas digitais que possam melhorar a produtividade, reduzir custos e promover a rastreabilidade e a sustentabilidade dos processos agrícolas.
A chefe-geral da Embrapa Roraima, Hyanameyka Lima, explica que o LADA nasce com o objetivo de fomentar a inovação no setor agrícola da região, criando um ambiente propício para a colaboração e o desenvolvimento de soluções tecnológicas.
“Esse laboratório de agricultura digital da Amazônia, está sendo inaugurado hoje justamente para atrair a parceria com universidades, startups, instituições de diversos setores e também com o setor produtivo, mas também para promover o trabalho em rede da Embrapa Roraima com outras unidades da Embrapa”, ressaltou.

Tecnologia ao alcance de todos
O laboratório irá funcionar como um centro de capacitação, pesquisa e testes de novas tecnologias aplicadas à agricultura digital. Além disso, será um ponto de apoio para os produtores, oferecendo treinamentos sobre o uso de ferramentas simples, como WhatsApp para comunicação e ferramentas de gestão básica, até tecnologias mais complexas, como sistemas de monitoramento climático e uso de dados para otimizar a produção.
“O pequeno e o médio, ele precisa de um processo de inclusão digital para que ele possa cada vez mais usar essas novas tecnologias e consequentemente melhorar é o modelo de negócios deles”, disse a presidente, Sílvia Massruhá.
O pesquisador da Embrapa Amaury Bendahan, responsável pela instalação e operacionalização do LADA, explica que o laboratório é um centro de inovação e pesquisa que integra diversas tecnologias de ponta para transformar a agricultura na região amazônica.
Dividido em quatro áreas principais, o laboratório oferece infraestrutura e equipamentos avançados para apoiar a pesquisa e o desenvolvimento de soluções para os desafios agrícolas específicos da região.
“O laboratório é dividido em quatro partes. A gente tem uma parte que é uma estufa automatizada com sensor espectro, a outra parte são os equipamentos de campo, para apoiar os trabalhos de campo, nós temos estações meteorológicas e temos também a parte laboratorial, que é um equipamento de última geração que faz análises de solos e plantas por laser”, explica.
Com equipamentos avançados para monitoramento de campo, análises laboratoriais e processamento de dados, o laboratório tem como objetivo desenvolver soluções inovadoras que possam transformar a agricultura na região amazônica, tornando-a mais eficiente, sustentável e conectada com as necessidades do mercado global.

Por: M3 Comunicação