
Aurelina Medeiros fala sobre trajetória de vida, curiosidades e superação. Foto: M3 Comunicação Integrada
Última modificação em 24 de março de 2025 às 11:57
Participar da criação do Estado de Roraima é apenas uma etapa da história de Aurelina Medeiros. Como membro da equipe do governador Ottomar de Sousa Pinto, ela esteve presente em muitas etapas importantes para a fundação e crescimento de Roraima. Um desses marcos foi a criação da estrada RR-432.
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A convidada do episódio #7 do podcast Papo M3 Realidades conta sobre a criação de vilas e comunidades que virariam moradia para milhares de pessoas. “Nós escrevemos o projeto da Colônia Confiança, Apiaú também escrevemos”, relembra Aurelina completando que após a criação desses locais a meta era plantar e ocupar esses espaços.
Em muitas dessas andanças pelo interior do Estado recém criado, Aurelina narra que a medição dos locais onde seriam construídas pontes de madeira era feito com barbante. “Essas vilas, essas vicinais, eu lembro que a gente media as pontes com cordão. A gente levava um rolo de fio assim”, fala.
O sonho da RR-432
Aurelina lembra de quando projetou as estradas que fariam a ligação do Estado de Roraima de uma ponta a outra. “Quando eu sonhava com a estrada, o Ottomar pegava um helicóptero e dizia ‘você tá doida, aqui só tem serra’. A RR-432, que era a RR-170 já foi bem mais para frente, em 1972”, relembra Aurelina e conta que nessa época, a ideia de abrir uma estrada que chegasse até a “Bola do 500” era apenas um sonho.
O assentamento dos colonos
Quando os novos moradores desses locais começaram a chegar e ocupar essas terras, Aurelina também participou desse processo. “Eu ia no caminhão, na carroceria, com os colonos e chamávamos eles por nome. E a gente marcava a frente do lote com papelão”, diz Aurelina.
Cada colono recebia um kit para poder plantar e viver no local. Aurelina conta que funcionava como uma cesta básica: “um kit de ferramenta e um rancho, uma cesta básica”. A preocupação, conta Aurelina, era o local onde esses colonos iriam fazer comida em meio a um lugar recém desbravado:
“Não tinha uma casa naquele meio e eu dizia: ‘Meu Deus, a onça vai comer esse povo, eu sou uma assassina’. Eu pensava muito isso e hoje é uma cidade, você anda na RR-432, você tem telefone em todo canto, você tem energia, você tem em casa, você tem vilas que crescem mais do que as próprias vilas Cantá, né?!”.
Com o passar dos anos o Estado cresceu e os locais que antes eram isolados se tornaram vilas, comunidades desenvolvidas e que fazem parte da economia de um estado em ascensão.
A entrevista completa com Aurelina Medeiros está disponível no Youtube do Papo M3 Realidades. A série ‘Realidades Delas’ traz histórias inspiradoras de mulheres que fazem a diferença.
Por: Papo M3 Realidades