
O grupo se reúne todas as terças, às 16h na Casa da Mulher Brasileira
Última modificação em 12 de março de 2025 às 17:47
Em Roraima, um projeto tem ajudado mulheres a ressignificarem suas experiências e retomarem o controle de suas vidas. Trata-se do Grupo Restaurativo ELAS, iniciativa da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça de Roraima (Cevid/TJRR).
Criado em 2017 como parte do Projeto Equilíbrio, o grupo promove círculos restaurativos para mulheres com medidas protetivas de urgência. Desde então, mais de 300 participantes já foram acolhidas em encontros que oferecem apoio, escuta ativa e fortalecimento emocional. O objetivo é ajudar as mulheres a identificarem padrões abusivos e a reconstruírem sua autonomia.
Acolhimento e fortalecimento
Os encontros são conduzidos com o apoio de estudantes de Psicologia da Faculdade Cathedral e abordam temas essenciais, como dependência emocional, os impactos da violência no desenvolvimento das mulheres e de seus filhos, e estratégias para romper o ciclo de violência.
A metodologia do grupo tem base na Justiça Restaurativa, permitindo que as participantes ressignifiquem suas experiências e encontrem caminhos para superar os traumas vividos.
De acordo com a psicóloga da Cevid, Fabiana Lima, o espaço promove um ambiente seguro de acolhimento e reflexão, reduzindo o sentimento de isolamento das participantes.
“É uma atividade voltada para mulheres e meninas vítimas de violência doméstica, assim como para aquelas que desejam fortalecer a autoestima e buscar autoconhecimento. O grupo auxilia na identificação de sinais de ansiedade e no desenvolvimento de estratégias para o bem-estar emocional”, explica.
Um novo começo
Para muitas mulheres, o Grupo ELAS representa um ponto de virada. Participar das rodas de conversa é um passo fundamental na jornada para uma vida livre do medo e da insegurança. O espaço é voluntário e não obrigatório, sendo uma escolha pessoal de quem busca crescimento e transformação.
Os encontros acontecem todas as terças-feiras, às 16h, na Casa da Mulher Brasileira, e seguem a missão de acolher, apoiar e transformar a vida de mulheres que buscam um futuro sem violência.
Por: Papo M3 Realidades