Última modificação em 24 de fevereiro de 2025 às 11:22

No dia 24 de fevereiro, o Brasil celebra 93 anos da conquista do voto feminino, um marco histórico para os direitos das mulheres no país. A data remete à instituição do voto feminino pelo então presidente Getúlio Vargas, em 1932, por meio do Código Eleitoral. Mas, apesar dos avanços, a representação feminina ainda é desproporcional em relação à população brasileira.
A igualdade de gênero na política ainda não foi alcançada. As mulheres são 51,5% da população e representam 53% do eleitorado, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No entanto, sua presença nos cargos eletivos continua reduzida.
Em Roraima apenas cinco das 24 cadeiras da Assembleia Legislativa de Roraima são ocupadas por mulhere, o que corresponde a 20,83%. Já no Congresso Nacional, das oitos vagas do estado, apenas uma pertence a uma mulher, totalizando 12,5% de representação.
A desigualdade na Política também tem impacto histórico. Quando o voto feminino foi aprovado, apenas mulheres casadas podiam votar, e ainda assim necessitavam da autorização do marido. Solteiras, viúvas e analfabetas, ainda não poderiam votar.
A historiadora Olga Pisnitchenko, destaca que o Brasil foi o pioneiro na América Latina ao reconhecer o voto feminino.
“O Brasil foi pioneiro na América Latina ao reconhecer o direito das mulheres de votar e serem votadas. Antes da aprovação da lei federal, uma legislação estadual no Rio Grande do Norte já havia assegurado esse direito ao público feminino. Apesar disso, esse direito só fica evidente com a promulgação da Constituição Brasileira, em 1988, que em um de seus artigos estabelece o sufrágio universal, garantindo o direito de voto a todos os cidadãos brasileiros, sem distinção de gênero”, explicou a professora doutora da Universidade Federal de Roraima (UFRR).
A luta pelo protagonismo feminino na política precisa ser fortalecida. A educação política e a conscientização sobre a importância do voto são medidas essenciais para garantir maior equidade e justiça na representatividade feminina nos espaços de decisão.
Por: Papo M3 Realidades