Última modificação em 18 de fevereiro de 2025 às 14:39

A Controladoria Geral da União em Roraima é o órgão responsável pelo controle interno do Poder Executivo Federal. Atuando na fiscalização da aplicação de recursos federais descentralizados para os estados, municípios e órgãos públicos.
Em entrevista ao Papo M3 Realidades, o superintendente da Controladoria-Geral da União (CGU) em Roraima, Max Túlio Menezes, destacou o compromisso do órgão com a transparência na gestão dos recursos públicos e enfatizou o papel da sociedade no controle social.
Segundo ele, o envolvimento da população é essencial para garantir que o dinheiro público seja bem aplicado e que irregularidades sejam identificadas e corrigidas.
A CGU faz o controle de gastos públicos que envolvem os recursos federais. “Nós acompanhamos ministérios, órgãos como a Polícia Federal e Rodoviária Federal, Ibama, além de fiscalizar como os recursos são utilizados em serviços essenciais, como saúde e educação”, explicou Menezes.

O papel da Transparência e da participação popular
Um dos principais desafios enfrentados pela CGU é a fiscalização ampla dos gastos públicos, já que a quantidade de recursos, projetos e obras a serem monitorados é enorme. Por isso, o superintendente reforçou a importância da transparência como ferramenta para ampliar esse controle, permitindo que qualquer cidadão possa fiscalizar como o dinheiro público está sendo utilizado.
“O acesso à informação é um direito fundamental. Hoje, qualquer pessoa pode consultar os portais da transparência para verificar quanto um servidor público recebe, quais obras estão sendo realizadas em sua cidade e quanto dinheiro já foi gasto nelas. Isso permite que a população cobre das autoridades uma boa gestão dos recursos”, afirmou.
Além dos portais, a CGU disponibiliza o sistema Fala BR, onde qualquer pessoa pode fazer denúncias, sugestões ou reclamações sobre irregularidades no uso de recursos públicos.
“As denúncias podem ser feitas de forma anônima e são tratadas com seriedade. Questões de grande impacto social, como falta de medicamentos para tratamentos essenciais ou ausência de merenda escolar, são analisadas com prioridade”, garantiu o superintendente.
As denúncias podem ser feitas de forma online, ou presencial por meio da ouvidoria da CGU, no prédio da instituição.
Fiscalização de ONGs e emendas parlamentares
Um dos focos da CGU em Roraima hoje é a fiscalização das organizações não governamentais (ONGs) e dos municípios que receberam emendas parlamentares. Esse trabalho faz parte de uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) para auditar a aplicação desses recursos em todo o país. Menezes revelou que, no estado, já foi iniciada a análise de uma ONG na capital e de dois municípios que receberam repasses federais.
Além disso, outras áreas de fiscalização estão no radar do órgão. Entre os programas que serão auditados em 2025, estão o Cadastro Único – para verificar possíveis fraudes –, o fornecimento de água potável para comunidades indígenas e a execução de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
O superintendente encerrou reforçando que a fiscalização do dinheiro público é um dever de todos. E destacou ainda que os portais de transparência e os canais de denúncia estão acessíveis a qualquer cidadão e convidou a população a utilizá-los.
“Cada vez que alguém acessa essas ferramentas, questiona gastos ou denuncia irregularidades, estamos avançando na construção de uma gestão pública mais eficiente e responsável”, concluiu.
Por: Redação Papo M3 Realidades – Rayane Lima
Siga nosso canal no Whatsapp e fique por dentro da notícia que importa.