Última modificação em 12 de fevereiro de 2025 às 16:57

O Brasil atingiu em 2024 a sua pior posição no Índice de Percepção da Corrupção (IPC), ficando em 107º lugar entre 180 países. O levantamento, realizado pela Transparência Internacional, revelou também a menor pontuação já registrada pelo país: apenas 34 pontos. Os números preocupam e levantam questões urgentes sobre o impacto da corrupção na política, economia e sociedade brasileira.
O mau desempenho no IPC reflete a instabilidade política e os sucessivos escândalos que marcaram os últimos anos no Brasil. As investigações de corrupção envolvendo figuras políticas e empresariais, a fragilidade dos órgãos de fiscalização e a falta de compromisso com a transparência tornam a recuperação desse índice um desafio cada vez maior.
O enfraquecimento da fiscalização, como o desmonte da Operação Lava Jato e o uso político de instituições como a Polícia Federal e o Ministério Público, também contribuem para a piora da imagem do Brasil. Sem uma atuação firme contra a corrupção, como a confiança nas instituições vai ser construída?
A corrupção não é apenas um problema ético ou moral, mas também econômico. O desvio de recursos públicos impede investimentos essenciais em saúde, educação e infraestrutura. Além disso, afeta diretamente os negócios, afastando investidores e dificultando o crescimento sustentável do Brasil.
E qual o papel da sociedade neste processo? A pressão popular e a valorização de candidaturas comprometidas com a transparência são ferramentas poderosas para combater a corrupção.
O Brasil enfrenta um momento crítico. O que pode acontecer com o país se continuarmos negligenciando o combate a corrupção? O ICP deve servir como um alerta.
Por: Papo M3 Realidades