Última modificação em 11 de fevereiro de 2025 às 09:49
Nesta segunda-feira (10), o governo dos Estados Unidos anunciou novas tarifas de 25% sobre a importação de aço e alumínio, decisão que pode trazer impactos para diferentes setores da economia americana. Enquanto algumas empresas nacionais se beneficiam da medida, outras podem enfrentar desafios sob o aumento dos custos.
Quem ganha? fornecedores de aço e alumínio nos EUA
As tarifas funcionam como um imposto sobre importações, tornando os produtos estrangeiros mais caros e beneficiando a indústria siderúrgica americana. Com isso, fabricantes locais como Nucor, Steel Dynamics e Cleveland-Cliffs viram suas ações dispararem no mercado.
Philip Bell, presidente da Steel Manufacturers Association, destacou que a medida ajudará a “nivelar o campo” para os produtores nacionais e minimizar a concorrência desleal de países como China e México. O impacto nas vendas e no emprego, porém, ainda precisa ser melhor avaliado.
David McCall, presidente da United Steelworkers International, também elogiou a iniciativa de Donald Trump, mas ressaltou que parceiros comerciais confiáveis, como o Canadá, não deveriam ser alvo dessas tarifas.
Quem perde? consumidores e fabricantes
Por outro lado, consumidores e fabricantes podem sentir os efeitos negativos do aumento. O aço e o alumínio são componentes essenciais em diversos produtos, desde eletrodomésticos e móveis até latas de refrigerante e automóveis.
De acordo com analistas do Bank of America, a alta nos preços das matérias-primas pode ser repassada ao consumidor final. No entanto, o tempo e a intensidade desse impacto ainda são incertos. Lydia Cox, economista da Universidade de Wisconsin, afirmou que a extensão da alta dependerá da quantidade de metal utilizado na fabricação dos produtos.
Douglas Irwin, professor de economia no Dartmouth College, reforçou que os primeiros a sofrer com o aumento serão os fabricantes, que compram aço e alumínio em grandes quantidades. A decisão das empresas em repassar ou não esse custo aos clientes determinará a verdadeira consequência das tarifas para o público.
A medida faz parte da política protecionista do governo Trump, que busca fortalecer a indústria nacional e reduzir a dependência de importações. No entanto, especialistas alertam que o impacto pode ser contraditório, beneficiando um setor enquanto prejudica outros.
À medida que as novas tarifas começam a ser aplicadas, a economia americana observará de perto os desdobramentos dessa estratégia comercial e seus efeitos nos preços e no mercado de trabalho.
Fonte: Folha de São Paulo
Por: Papo M3 Realidades
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