
O grupo invadia pontos de tráfico, abordava cidadãos em via pública e subtraía bens sob falsa autoridade. Foto: Ascom / PC RR
Última modificação em 12 de setembro de 2025 às 07:59
Segundo a Polícia Civil de Roraima, o grupo promovia falsas operações policiais e atuavam de forma sistemática, se passando por policiais civis de Roraima. Com a investigação, a Polícia Civil conseguiu identificar mais de 50 crimes cometidos pelo grupo na capital.
A investigação resultou na decretação da prisão preventiva de quatro homens, com idades que variam entre 20 e 40 anos, acusados de se passarem por policiais civis para cometer furtos qualificados mediante fraude e associação criminosa.
Segundo o delegado do 4⁰ DP, Thiago Alexandre, responsável pelo caso, o esquema criminoso foi descoberto a partir de um furto ocorrido no dia 10 de julho deste ano, quando um adolescente de 17 anos foi abordado no bairro Pintolândia por criminosos que se passavam por policiais civis e tomaram seu celular. O aparelho foi recuperado e restituído à vítima.
Ainda segundo o delegado, a investigação revelou que o grupo atuava de forma sistemática, simulando operações policiais legítimas para invadir “bocas de fumo” e apreender drogas e dinheiro.
“O grupo simulava essas falsas operações policiais sistematicamente. Eles invadiam pontos de tráfico, abordavam cidadãos em via pública e subtraíam bens sob falsa autoridade. A investigação mostrou que eles comprometiam não apenas a segurança pública, mas também a credibilidade das instituições policiais. Esse resultado reforça nossa atuação firme contra o crime organizado”, afirmou o delegado.
As investigações apontaram que o crime foi praticado por C.G.J., de 40 anos, C.D.M.A., de 25 anos, A.V.S., de 20 anos e A.L.S.A., de 30 anos.
Quadrilha usava distintivos falsos
De acordo com a apuração, o líder do grupo, C.G.J., se apresentava falsamente como “delegado Adriano da DRE (Delegacia de Repressão a Entorpecentes)”, utilizando distintivos dourados falsos, colete balístico e até armas de fogo para dar aparência de legitimidade às abordagens criminosas.
O delegado Thiago Alexandre representou pela prisão preventiva dos quatro homens, que foi deferida pela Justiça. As diligências que resultaram nas prisões ocorreram em dois momentos. O líder do grupo foi preso na terça-feira, dia 09, e os outros dois foram presos ontem, dia 10.
Os três já estavam recolhidos no sistema prisional por outros crimes e tiveram os novos mandados de prisão cumpridos dentro da unidade. O quarto investigado segue sendo procurado pela polícia.
Um dos criminosos segue foragido
O delegado destacou ainda que a operação terá desdobramentos. “Embora tenhamos representado pela prisão preventiva dos quatro envolvidos e três já estejam recolhidos, seguimos em diligências para localizar o quarto integrante e investigar outros possíveis crimes e participantes do grupo”, ressaltou.
Ainda segundo o delegado, a primeira fase da investigação se encerrou e inicia agora uma segunda fase, que é a responsabilização de todos os demais crimes cometidos por eles e levantados na investigação.
“São inúmeros crimes. Um deles já confessou a autoria de todos os crimes que levantamos. Outro confessou a participação em alguns desses crimes. Temos a convicção de que há outros envolvidos e nossa meta é identificar e prender todo o grupo criminoso”, disse o delegado.
Thiago Alexandre reforçou ainda à população: “Caso alguém seja abordado de forma suspeita ou presencie apreensões sem documentação formal, deve entrar em contato imediatamente com o setor de operações do 4º DP, pelo número (95) 99168-2647. Todas as informações serão mantidas em sigilo e podem ajudar a localizar o foragido”, afirmou.
Os três homens presos durante a operação foram conduzidos à sede do 4⁰ DP e tiveram suas prisões formalizadas. Os três foram apresentados na Audiência de Custódia e, posteriormente, encaminhados ao Sistema Prisional.
Fonte: Ascom / PC RR
Por: M3 Comunicação Integrada