
Em agosto, exportações do Brasil para os EUA caíram 18,5%, totalizando US$ 2,76 bilhões, enquanto vendas para China e México cresceram. Foto: Reprodução
Última modificação em 5 de setembro de 2025 às 11:26
As exportações brasileiras para os Estados Unidos caíram 18,5% em agosto, primeiro mês após a imposição da nova tarifa de 50% pelo governo norte-americano. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (4) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
No mês, o Brasil exportou cerca de US$ 2,76 bilhões para os EUA, uma queda de US$ 600 milhões em relação aos US$ 3,39 bilhões registrados em agosto de 2024.
Entre os produtos mais afetados estão:
- Aeronaves e partes: -84,9%
- Produtos de ferro e aço: -23,4%
- Óleos combustíveis: -37%
- Açúcar e melaço: -88,4%
- Carne: -32,4%
Segundo o Mdic, a queda atinge tanto produtos afetados diretamente pela tarifa quanto outros não tarifados, o que pode indicar antecipação de embarques em julho diante da instabilidade comercial.
Apesar da queda nas exportações para os EUA, as vendas externas totais do Brasil cresceram 3,9% em agosto, com destaque para os seguintes mercados:
- China: +31%
- México: +43,82%
- Argentina: +40,37%
O diretor de Estatísticas do Mdic, Herlon Brandão, afirmou que ainda é cedo para avaliar com precisão os efeitos das tarifas sobre os preços e a demanda, mas reconheceu que o aumento dos custos impactou produtos como açúcar, carne e máquinas.
No mês, o superávit da balança comercial brasileira foi de US$ 6,1 bilhões, acumulando US$ 42,8 bilhões no ano.
A medida tarifária foi imposta pelo ex-presidente Donald Trump e vinculada a pressões políticas envolvendo o julgamento de Jair Bolsonaro. O Planalto e o STF rejeitaram qualquer condição para negociação. Além disso, o governo dos EUA impôs sanções a autoridades brasileiras, incluindo o ministro Alexandre de Moraes.
Fonte: O Globo
Por: M3 Comunicação