
Senadores Mecias de Jesus e Hiran Gonçalves. Foto: Reprodução
Última modificação em 6 de agosto de 2025 às 15:35
Até o momento, 39 senadores já assinaram o pedido de impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, entre eles os representantes de Roraima, Mecias de Jesus (Republicanos-RR) e Hiran Gonçalves (Progressistas-RR).
O senador Mecias de Jesus anunciou nesta quarta-feira (6) sua adesão ao pedido, reforçando o apoio à abertura do processo e aumentando a pressão sobre a presidência do Senado para que dê andamento ao requerimento. Em sua declaração pública, Mecias destacou que sua assinatura visa defender a Constituição, a liberdade e os direitos do povo brasileiro, e não aplaudir abusos, censura ou perseguição política.
“O Senado não pode se calar quando um Poder ultrapassa seus limites. Faço isso com responsabilidade e coragem, como sempre fiz”, afirmou Mecias, criticando os excessos do Judiciário e cobrando equilíbrio entre os poderes.
O senador Hiran Gonçalves também confirmou sua assinatura na terça-feira (5), somando-se a um grupo de parlamentares da oposição que acusam Alexandre de Moraes de abusos no exercício de suas funções, especialmente em decisões relacionadas a investigações sobre fake news, atos antidemocráticos e ataques às instituições.
Apesar do número significativo de assinaturas — próximo à maioria simples da Casa, que é 41 —, o andamento do pedido depende exclusivamente do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tem mantido uma postura cautelosa. Pacheco já ressaltou a importância de o Senado agir com responsabilidade e equilíbrio institucional, evitando pressões políticas.
Especialistas destacam que, mesmo com as 39 assinaturas, o regimento interno não obriga o presidente do Senado a dar seguimento ao processo, tornando a decisão monocrática.
Se o processo for instaurado, o impeachment de um ministro do STF será um episódio sem precedentes na história democrática recente do país.
Por: M3 Comunicação